terça-feira, 5 de agosto de 2008

O Limpo e O Sujo, O Rico e O Pobre, O Playboy e o Hippie

  • Há tempos eu venho conversando com meus amigos e amigas sobre as diferenças entre as pessoas. Principalmente depois que nós passamos a frequentar a Lapa, grande reduto boêmio carioca que concentra uma diversidade de "tribos".
  • "Quem vê cara, não vê coração", já dizia o dito popular. Muitas vezes nós julgamos as pessoas pelas aperências, pela beleza. Peraí?! Beleza?! Será que podemos usar este atributo como parâmetro?
  • Outro dito: "Quem ama o feio, bonito lhe parece". A beleza me parece ser algo subjetivo, algo que cada um sente, algo que atrai ou não atrai. A cor da pele, a testura do cabelo, o sorriso, a cor dos olhos, o nariz, a boca e daí por diante...
  • Essa discussão se intensificou mais nas duas últimas semanas, isto porque aconteceram dois eventos em que as aparências falaram alto e bem alto...
  • 1º) Uma amiga ao perambular pela Lapa encantou-se com um hippie, argentino, loiro, de olhos azuis, barba comprida, pele clara, magro, alto, mas argentino...
  • Geni, filha mais velha, com 25 anos, morena clara, cabelos negros, estatura mediana, muito bonita, simpática, boa cia, inteligente, descolada, família de classe média conservadora, com o nível superior completo, amigas da zona sul... prega o amor livre!!!
  • Não é novidade que ela se interesse por este tipo de homem, mas o problema não é a Geni e o que ela sente pelo Hippie Argentino e sim o juízo que as pessoas que estão ao seu redor fazem da atitude dela. Alguns amigos de Geni, uma minoria, a criticou seriamente por se envolver com um Hippie. Ficaram dizendo para ela que ele era sujo, não tomava banho, transava com todo mundo e poderia ter alguma doença. Isso foi o suficiente para colocar em dúvidas o sentimento de Geni pelo Hippie.
  • Porém, o que garante, hoje, que os caras "limpinhos", "riquinhos" e "playboyzinhos" estão realmente livres deste mesmo julgamento. Será que eles tomam mesmo banho todo dia? Será que eles transam com camisinha, sempre? Eu não ponho a minha mão no fogo por ninguém, aliás, muitas já ouviram a famosa frase: "Não tem camisinha, mas não tem problema gata. Eu gozo fora", como se uma gravidez fosse a nossa única preocupação. E as DSTs, alguém conhece? Hoje já são tantas que é difícil enumerá-las... Tenho amigas que contrairam HPV transando com seus namorados fixos e com anos de convivência, quem garante que eles são realmente fiéis?
  • Acretido que temos que ter cuidado ao nos envolver com qualquer tipo e pessoa, seja ela da zona que for, norte, sul ou da VM. O que nos chama atenção nas pessoas tem-se mostrado ser a aparência, mas isso não se sustenta se o cara não for realmente merecedor da nossa atenção. Temos sempre que ter cuidado...
  • 2º) Começo a a contar a segunda situação enfatizando o CUIDADO!!! Uma outra amiga, Débora, na noite de sexta-feira, saiu de casa para encontrar o namorado. Passava um pouco das 22h e ela resolveu ir de ônibus até as proximidades do bar em que seu namorado estava, mais ou menos três quadras de casa, do ponto de ônibus até o bar, que ficava na rua de trás, daria mais ou menos 100m. Débora, que estava vestida de maneira simples, camiseta, calça jeans e uma bolsa, não viu problemas em seguir até o bar sozinha. Quando ela estava a 50 m do bar observou que vinha um senhor "velhinho" em sua direção, segurou bem a bolsa, o senhor passou direto, ela continuou andando e olhou para trás. Viu que atrás dela vinha um jovem, aparentemente, muito bonito, bem vestido, cabelos cortados, barba feita... "Qualquer uma pegaria ele na nigth fácil" (comentário dela). Ela olhou para frente novamente e foi abordada pelo rapaz. Ele a segurou pelo ombro e disse para ela ficar quieta ou levaria um tiro. Ela estendeu a bolsa, mas ele não quiz pegar, o que aumentou sua angústia, pois ela percebeu que ele não queria dinheiro, então, o que ele queria? Ele levou, então, a mão até a cintura parecendo que ia pegar uma alguma coisa. Débora não ficou para ver, saiu correndo pela rua, no meio dos carros e chegou até o bar onde foi recebida pelos amigos e pelo namorado, que acharam por bem não ir atrás do meliante.
  • É, gente, "Quem vê cara não vê coração"!!! Ao ver o rapaz bem vestido, Débora não se preocupou com a sua segurança. Viu nele um par, alguém que estaria, de certa maneira, no mesmo nível que ela e que não representava uma ameçava. Na hora em que ela me contou o fato, lembrei-me de um assalto que sofri perto de casa, eram dois rapazes também bonitos e bem vestidos e me lembro também do comentário que fiz: "Dava mole pra eles fácil". Desde então, passei a ficar mais atenta com as situações, não saio para a balada com bolsa, levo apenas uma cópia do RG, pouco dinheiro e as chaves. Sigo as dicas dos amigos sobre os lugares tranquilos, ruas calmas, evitar transitar pelas ruas entre 6h e 8h, pois é a troca de guarda da Polícia Militar e, principalmente, estar sempre atenta a tudo e a todos.
  • "As aparências enganam"!!!