sexta-feira, 22 de maio de 2009

Paixão por um legume que baba II - Desconstruindo idealizações*

* Idealização/idealizar/ideal: concebido como constituindo um padrão de perfeição ou excelência; considerado como perfeito para algo; aquilo que existe somente em pensamento; não real.
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Alguns dias depois que postei o primeiro texto desta saga, acho que na terça-feira, eu enviei um comentário para o blog do Felipe dizendo assim: "Leia-me. Escrevi sobre você."
Não pergunte por que eu fiz isso, ainda não achei a resposta. Na minha cabeça, racional, eu achava que ele não ia ler e que se lesse não saberia identificar a autora. Bom, as meninas me chamaram de louca, a Natasha ficou até nervosa quando eu contei. Eu procurei não pensar muito sobre o assunto durante a semana.
No sábado seguinte eu já tinha combinado com a Geni de irmos ao show dele lá no Empório, em Ipanema, vocês já imaginam, né? Eu em Ipanema, no Empório rsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrs. É muita paixão!!!
Bom, chegamos lá, fizemos uma social no bar, tomamos um chopp e uma pinacolada, aí eu perguntei para a Geni:
- Quanto custa isso? CARO!!! Geni, vamos tomar cerveja lá fora no boteco.
E não é que a gente achou um boteco em Ipanema. Eu estava mesmo precisando tomar alguma coisa, para dar uma relaxada. Depois voltamos para o Empório e fomos para o 2º andar onde foi o show. Não demorou muito ele chegou, passou por nós algumas vezes, mas sem olhar diretamente, parecia tímido.
Enquanto rolava o show da 1ª banda, Barbarela, ele passou duas vezes muito perto, na 2ª vez eu tive que falar com ele:
- Oi, viemos no seu show. Ele respondeu:
- Oi, você!!! (me deu dois beijos) Eu li seu blog.
Foi bem assim, na lata!!! Não tive como reagir, mas não me descontrolei, perguntei:
- Você gostou? e ele respondeu:
- Sim, muito bom!!! e foi saindo.
Ele me pareceu um pouco desconcertado com a situação também, talvez tenha se defendido lançando essa na minha cara, não sei...
Eu e Geni resolvemos sair um pouco do lugar e ficamos na escada, sentadas. Dois minutos e vem ele, sobe rindo e pára na minha frente. Fala:
- Muito bom o blog!
- É mesmo? Me fala mais...
- Não sei. Eu acho que você se expôs demais...
- Como assim?
- Não sei, talvez se eu fosse falar sobre uma atriz da globo eu faria diferente... (Estava se achando muito, heim?)
- Mas que graça teria falar do Kiabbo, se eu não descrevesse o Kiabbo? A parte engraçada do texto é esta.
- É você tem razão.
- E outra coisa, quem lê meu blog são meus amigos e aquele não é meu nome, eu não tenho nada lá que me identifique.
- Ah! Tá. Poxa posso publicar umas partes do seu blog, vou falar com o pessoal do meu trabalho, vou te dar todos os créditos lá e tudo...
- Ah! Vê lá, acho que sim, afinal é sobre você, né?
- Tenho que entrar, tenho que tocar.
- Tá.
Entramos para o show, eu e Geni. O show foi bem legal, comprei até o cartão de download das músicas. Estão no meu MP3 e não paro de ouvir, claro!!! Durante o show ele olhava na minha direção, mas ficou a maior parte do tempo de olhos fechados, tinha pouca gente, mais ou menos umas 40. Quando terminou o show eu falei com a Geni para a gente se despedir dele e ir embora. A Geni queria que eu ficasse mais e falasse com ele, mas eu não estava a fim de forçar a barra, ele estava com os amigos, o show era dele, sei lá... Cheguei perto dele e disse:
- Já estamos indo, tchau, foi um bom show!
- Já?
- É. - dando dois beijinhos - a gente se esbarra por aí, no Boteco 3.
- Na Pista 4, vamos fazer uma festa na Pista 4.
- Tá certo, tchau!!! e fui embora...
Não queria que ele ficasse pensando que eu sou uma tiete apaixonada que vai ficar babando por ele. Eu estou de paixonite sim, mas isso não quer dizer que eu quero casar com ele, né? Ele sabe onde me achar, se quiser mesmo, ele vai me encontrar, se não... é mais um capítulo da minha história.
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Obs: Ele estava vestindo a mesma roupa do dia em que nos conhecemos, aquela que me chamou atenção. Será porque? Nestas horas preferia ter feito engenharia e não psicologia.
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E alguns dias depois...
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Acredito que nós construimos idealizações para depois desconstruirmos. Ficamos felizes quando algo acontece, imaginamos mil coisas e depois sofremos quando descobrimos a verdade. Que idiotice!!! Confesso que a minha imaginação é foda!!! Ela navega por lugares inexplicáveis. Mas a parte boa é que consigo identificar o que é sonho do que é real. O Felipe, então, sem comentários!!! Desde o início eu já sabia no que ia dar. Ele não tem nada a ver com o que eu imaginei e assumo totalmente a responsabilidade.
Claro que eu gostaria de estar escrevendo para vocês como foi levar a minha idealização para tomar uma cerveja, depois descobrir que não era nada do que eu tinha imaginado e como nos tornamos colegas, amigos, sei lá... Por um lado, é verdade que idealizações não tomam cerveja e não se tornam nossos amigos. Mas, por outro lado, liberam sentimentos na gente, faz com que sintamos o coração bater mais forte e rápido. Fazem as pernas tremerem, as mãos suarem e o dia ficar mais ensolarado e azul.
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E o mais importante: ter muitas histórias para contar!!!

4 comentários:

Ana Paula disse...

Menina, quando eu li o 1º tb ia falar pra vc avisar a ele, mas pensei: "Ah, a Iara não vei querer"! E não é que vc fez? hahahahah... Adorei!

E a diversão é essa... se não fosse assim a vida seria mt mais sem graça! Tem dias que as melhores partes são aquelas que a gente inventa! hahahahah

Escreve maaaais... adoro.

Bjooo

Unknown disse...

Ai que saudades de vc!!! Adorooo!!Rs! Mas sabe como é né amiga.... Quiabo é bastante escorregadio.... hehe!
O que importa é mesmo as histórias que temos pra contar!

Bjksssss

leitoa doida disse...

É Zailinha!!! Natureza humana, no meu post fiz exatamente a mesma coisa... Declerei meu amor e avisei ainda por cima! Será que foi influencia sua? Acho que não... Acho que foi mais um pedido de desculpa do que uma esperança de retorno! A resposta foi bem enigmatica: Sem palavras, bj! O que isso quer dizer?
Continuarei acompanhando o blog e bola pra frente chuchu! Bj.

melissa disse...

A barbinha é a coisa mais linda do post! E que saudade dessa família. Parabéns a essa mãe...hehehe