quinta-feira, 27 de maio de 2010

Ainda sobre escolhas...

Fazendo uma escolha... Escolhe-se profissão, ter ou não filhos, ter ou não um parceiro...
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  • Qualquer escolha, em última instância, resulta de um ato de coragem. Um ato de coragem leva em conta todos os indicadores possíveis. Pode acontecer o caso em que os indicadores apontam para determinado caminho e a pessoa escolhe o outro (seria uma escolha por desafio que também leva em conta os mesmos indicadores). A idéia de colocar todas as variáveis na balança para ver qual lado pesa mais não funciona (em nenhum caso de escolha), porque as variáveis tendem para o equilíbrio, isto é, se existe alguma desvantagem numa opção, a outra também apresentará desvantagens, e assim por diante.Não existe indicador capaz de apontar de antemão qual a melhor escolha, porque, se existisse, não ocorreria escolha. Uma escolha, na qual uma possibilidade é ótima e outra é péssima, não é uma escolha. Não existe escolha quando se compara uma Ferrari com um fusquinha.
  • Escolher significa exatamente ter que se posicionar (tomar partido) entre as possibilidades colocadas que são igualmente atrativas e contêm também desvantagens. São possibilidades que brigam entre si. Por isso se diz que qualquer escolha implica conflito, ou melhor, escolher significa resolver conflito.
  • Qualquer escolha implica risco. Não existe escolha sem risco. Escolha sem risco não é escolha. A insegurança faz parte de qualquer decisão. Qualquer escolha implica perda. É um mito dizer que só existe um caminho para cada pessoa. Ao contrário, existem vários, e por isso a perda faz parte da escolha. Escolher uma parceiro implica a perda de outros, pelo menos nesse momento.
  • Agora, pode-se ter um ato de coragem para escolher um sorvete. A pessoa se toma de coragem e, por exemplo, escolhe o X. Agora ela pode abrir a embalagem e verificar se a escolha foi "legal". Duas ou três conclusões são possíveis. Gostou, não gostou ou mais ou menos. Se a pessoa gostou, mas for muito "encucada", pode passar o resto da vida perguntando-se como seria se tivesse escolhido Y (jamais conseguirá esta resposta, mesmo que mais tarde decida fazer uma experiência com Y). Se não gostou, isso não quer dizer que teria necessariamente gostado mais de Y. E deve novamente realizar outra opção: muda ou permanece?Muitas pessoas acabam permanecendo para não ter que passar por outra experiência de escolha.
  • Enfim, escolher algo, como um parceiro, pressupõe que a pessoa conheça a realidade que contextualiza a decisão, que se autoconheça e esteja informada a respeito das possibilidades. Sobre tudo isto terá o "ato de coragem", que é uma intervenção de ordem emocional, que envolve o bom-senso, a intuição e a vontade.
  • "Toda ação é política, pois ou ela transforma o mundo ou ela o mantém" - Silvia Lane
  • Fonte: http://analisedovocacional.blogspot.com/

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