Zaila aos 78 anos de idade*

*Este texto é resultado de um exercício que eu fiz em uma das matérias da faculdade, a tarefa era imaginar como seria a minha velhice e um colega foi me entrevistando. Foi no dia 17/08/2006, eu tinha 23 anos, Ah! e foi no dia do aniversário da minha vó Juju, que tanto amo. Por acaso achei o texto e resolvi compartilhar com vocês. Quero saber o que vocês acham desta projeção, comentem.

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• Zaila tem 78 anos e mora em sua cidade natal - Ipiabas, Barra do Piraí - retornou buscando tranquilidade quando ficou doente, tem hipertensão e diabetes. Zaila é viúva, seu marido morreu há 5 anos de câncer, acredita que o amava muito. Ela tem estabilidade financeira, trabalhou durante muitos anos como psicóloga escolar.
• Ela tem três filhos, sendo que um foi adotado, e tem sete netos. A família é muito unida, são muito próximos, estão juntos a maior parte do tempo. Os netos passam o fim de semana com ela, gostam da cidade de interior, pois são adolescentes e tem mais liberdade com a vó. Zaila tem um jipe e passeia sempre com os netos.
• Zaila ainda trabalha com educação, gosta muito de lutar por causas sociais, mesmo que de forma indireta, ajuda a comunidade. Faz parte da Associação de Moradores e Amigos de Ipiabas (AMAI).
• Zaila não tem medo da morte, acha que já cumpriu sua missão na vida. Educou seus filhos, que seguem um bom caminho e auxilia na educação dos netos.
• Hoje em dia trabalha indiretamente, escreve e auxilia pesquisas de sua casa. Cuida dos afazeres domésticos, mora sozinha, mas tem uma pessoa que a ajuda.
• Depois que seu marido morreu Zaila não tem mais interesse sexual.
• Zaila tem saudade do tempo que passou, de quando morou no Rio de Janeiro e de quando conheceu seu marido. Ela é muito vaidosa, faz dietas, caminha, cuida de suas plantas, dos afazeres da casa, nunca fez plásticas. Ela se diz vítima de preconceito por ser velha, os mais novos, inclusive seus netos, não tem paciência com ela. Isto a deixa triste.
• Frustações: não ter podido adotar mais filhos por questões financeiras da época.
• Perspectivas possíveis: espera poder ver seus netos, ou um deles, se formando na universidade.
• Amigos: gosta muito de conversar com os amigos mais jovens. Seus melhores amigos moram longe, alguns moram fora do pais, costumam conversar por e-mail e as vezes os visita.

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E aí se divertiram? Eu estou rindo até agora.

E vocês? Como se imaginam daqui uns 50 anos?

Algumas coisas que falei há três anos já não fazem mais sentido, imagina daqui a 52 anos?

Vai ser divertido fazer este retorno.